Filtros – A importância do uso de produtos especificados

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Cada tipo de motor funciona de uma determinada forma, temperatura, pressão. Cada qual com suas características demandam produtos diferenciados. Para exemplificar existem os motores 2 (dois) tempos, em que o óleo lubrificante é misturado ao combustível para lubrificar internamente a câmara de combustão. Já os motores 4 (quatro) tempos eliminaram a necessidade dessa mistura, necessitando somente de óleo refrigerante no sistema de refrigeração, distinto do sistema de combustão. Assim se um motor 4 tempos receber óleo refrigerante adicionado ao combustível, comprometerá seu desempenho. Devido a essas várias particularidades de cada motor, o fabricante, depois de muito estudar, testar e confirmar, definiram os melhores lubrificantes para seus motores.

Porém, além das borras internas e da falta de periodicidade nas trocas do lubrificante, existem outros fatores como a utilização de filtros de óleo fora de especificações e a falta de manutenção no sistema de injeção de combustível, que danificam os motores automotivos. Para exemplificar, alguns dos filtros de óleo comercializados no país não possuem em seu interior as camadas necessárias para que o óleo do motor seja devidamente filtrado. Alguns desses competentes são importados de países como China e não atendem às especificações da indústria nacional. Por isso, sempre é importante a utilização de peças de reposição reconhecidas pelo mercado consumidor ou originais de cada fabricante.

(CASTRO, 2014)

Com o advento das tecnologias os lubrificantes também evoluíram, recebendo diversos aditivos químicos, variações de viscosidades, etc, criando imensa diversidade de tipos de óleos lubrificantes espalhados pelos varejistas do Brasil. Porém com o avulto da diversidade desse produto no mercado, surgiram ou aumentaram as incompatibilidades, que podem provocar danos ao motor.

Você sabe exatamente qual a especificação do lubrificante utilizado na última troca e a marca utilizada? Na maioria dos casos não sabemos. Na maioria dos casos não sabemos. E, então, você para em um posto, alguém pede para verificar o nível de óleo, você permite e ouve a tradicional frase: Doutor: falta mais ou menos meio litro, completa?

E você pensa um pouco e responde, completa sim, mas completa com o que? Normalmente com o óleo recomendado pelo frentista ou pede aquele mais barato, pois, em breve você irá trocar o óleo.

Sabe o que vai acontecer dentro do motor se o óleo introduzido for diferente daquele que já estava lá? Uma reação química e possivelmente a alteração de características de lubrificação, chegando ao limite de transformar o óleo em borra ou uma espécie de graxa.

(FONSECA CARDOSO, 2012)

Fonte:

CASTRO, Fábio Daniel de. RAHDE, Sérgio Barbosa. MOTORES AUTOMOTIVOS: Evolução, manutenção e tendências. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014. 310 p.

FONSECA CARDOSO, Hélio da. VEÍCULOS AUTOMOTORES: Identificação, Inspeção, Vistoria, Perícia e Recall. São Paulo: Liv. e Ed. Universitária de Direito, 2012. 240 p.