Juiz negou o laudo do Perito, mas os Desembargadores mudaram a sentença a favor

Quando o Laudo Pericial Prevalece: Uma Vitória Judicial

A Perícia Judicial e a Batalha pelos Equipamentos Queimados

Como perito judicial e assistente técnico, enfrentei recentemente um desafio interessante em uma sentença judicial. Fui nomeado pelo juiz para realizar uma perícia em um caso envolvendo a queima de equipamentos eletrônicos, supostamente causada por uma variação energética da prestadora de energia. A seguradora havia indenizado o cliente e, em seguida, entrado com uma ação contra a prestadora de energia, alegando que a variação energética foi a responsável pelos danos.

Analisando os Indícios e Relatórios

Após aceitar a nomeação, apresentei minha proposta e dei início aos trabalhos periciais. Realizei diligências, coletei informações e analisei todos os relatórios e documentos disponíveis. A seguradora havia apresentado laudos simples, de apenas uma página, afirmando que a variação energética da prestadora de energia foi a causa da queima dos equipamentos. No entanto, meu laudo pericial, com mais de 100 páginas, apresentou uma análise detalhada de diversos aspectos.

Monitoramento da Rede e Registro de Ocorrências

Investiguei os sistemas de monitoramento da prestadora de energia, como o religador automático e as chaves seletoras. Esses equipamentos são capazes de registrar variações energéticas e atuações na rede, fornecendo informações valiosas para a análise do caso. Solicitei à prestadora de energia que emitisse um laudo sobre as condições atmosféricas no dia do evento, confirmando a ocorrência de chuva e tempestades.

Ausência de Indícios Conclusivos

Apesar da comprovação de condições climáticas adversas, não encontrei outros indícios que corroborassem a alegação de variação energética da prestadora de energia. Não havia registros de reclamações de clientes sobre queda de tensão ou queima de equipamentos, nem atuações dos sistemas de segurança da rede. Além disso, as visitas realizadas às residências dos segurados revelaram irregularidades internas, como a falta de equipamentos de proteção adequados, que poderiam ter contribuído para a queima dos equipamentos.

A Decisão do Juiz e a Apelação

Apresentei meu laudo pericial detalhado ao juiz, concluindo que não havia evidências suficientes para atribuir a responsabilidade à prestadora de energia. No entanto, o juiz de primeira instância ignorou minha análise e sentenciou a favor do autor, determinando que a prestadora de energia pagasse a indenização.

Inconformada com a decisão, a prestadora de energia recorreu à segunda instância, baseando-se no meu laudo pericial. Os desembargadores, analisando cuidadosamente os argumentos e provas apresentados, reformaram a sentença, reconhecendo a solidez da minha análise técnica e científica.

A Vitória do Laudo Pericial

Os desembargadores atestaram que os laudos simplistas apresentados inicialmente pela seguradora não eram suficientes para comprovar a variação energética da prestadora de energia. Em contrapartida, meu laudo pericial, com sua abordagem detalhada e fundamentação técnica, foi determinante para afastar a alegação e estabelecer a inocência da prestadora de energia.

Como resultado, a sentença de primeira instância foi reformada, e o autor foi condenado a devolver o valor da indenização, além de arcar com as custas processuais. Esse caso demonstra a importância do trabalho do perito judicial e a relevância de um laudo pericial bem elaborado e embasado na análise técnica e científica.

Compartilhando Conhecimento e Experiências

Para compartilhar essa experiência e contribuir com a evolução da área de perícia, pretendo publicar um artigo detalhado sobre o caso em meu site periciajudicial.zsistemas.com.br. Nele, irei apresentar os detalhes da sentença de primeira instância, a apelação e a reforma da decisão pelos desembargadores, enfatizando a importância do laudo pericial bem fundamentado.

Além disso, convido todos os interessados a participar de nossos grupos de discussão sobre perícia judicial, disponíveis em fala.host/grupos. Nesses espaços, peritos, advogados e demais profissionais podem compartilhar conhecimentos, tirar dúvidas e se ajudar mutuamente, contribuindo para o desenvolvimento da área.

Essa experiência reforça a relevância do trabalho do perito judicial e a necessidade de uma análise técnica e científica sólida para embasar as decisões judiciais. Espero que este relato inspire outros profissionais a se dedicarem à perícia judicial, buscando sempre a excelência em suas análises e a valorização do conhecimento técnico.

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