O Autor faleceu, o processo acaba por ai?
O Que Acontece Quando Uma Parte Falece Durante Um Processo Judicial?
Quando o Autor ou Réu Falece Durante o Processo
Quando uma das partes envolvidas em um processo judicial vem a falecer durante o andamento do caso, é comum que surjam dúvidas sobre o que acontece com o processo. Afinal, a morte de um dos litigantes pode parecer, à primeira vista, encerrar a discussão. No entanto, a realidade é um pouco mais complexa.
Primeiramente, é importante entender que o processo não necessariamente é extinto com o falecimento de uma das partes. Isso porque, geralmente, existem outros indivíduos com interesse no desfecho da ação, como herdeiros ou sucessores do falecido. Esses interessados têm o direito de sub-rogar, ou seja, de assumir o lugar do autor ou réu originalmente envolvido.
Substituição da Parte Falecida
Quando ocorre o falecimento de uma das partes, o processo não é simplesmente encerrado. Em vez disso, os herdeiros ou sucessores do falecido são intimados a manifestar seu interesse em prosseguir com a ação. Eles podem optar por dar continuidade ao processo, assumindo a posição do autor ou réu original.
Essa substituição da parte falecida é formalizada por meio da alteração do nome da parte no processo. Ao invés de figurar como “Fulano de Tal”, o processo passa a ser conduzido em nome do “Espólio de Fulano de Tal”. O espólio representa os bens e direitos deixados pelo falecido.
Interesse dos Herdeiros
É importante ressaltar que, na maioria dos casos, os herdeiros ou sucessores do falecido têm interesse em dar continuidade ao processo. Afinal, o desfecho da ação pode representar a obtenção de um direito ou o recebimento de uma indenização, que fariam parte do patrimônio deixado pelo falecido.
Portanto, é comum que os filhos, cônjuge ou outros familiares próximos do autor ou réu falecido assumam a posição no processo, dando seguimento à discussão judicial.
Ausência de Interessados
Ainda que raro, é possível que não haja nenhum herdeiro ou sucessor interessado em dar continuidade ao processo após o falecimento de uma das partes. Nesse caso, o juiz poderá determinar a extinção da ação, uma vez que não há mais ninguém legitimado a prosseguir com a demanda.
Nesses casos, os bens deixados pelo falecido que não possuíam herdeiros interessados podem ser revertidos ao Estado, através de um processo chamado de “herança jacente”.
Implicações para o Perito Judicial
Honorários Já Depositados
Para o perito judicial nomeado no processo, o falecimento de uma das partes não deve representar um grande problema, desde que os seus honorários já tenham sido devidamente depositados em conta judicial.
Nessa situação, o perito não precisa se preocupar, pois os seus honorários estarão garantidos, independentemente do desfecho do processo. Basta aguardar o momento oportuno para solicitar a quitação dos valores depositados.
Honorários Não Depositados
Entretanto, se o perito ainda não tiver recebido os seus honorários quando ocorrer o falecimento de uma das partes, a situação pode se complicar. Isso porque, sem os valores depositados, o perito ficará dependente da manifestação dos herdeiros ou sucessores do falecido para garantir o recebimento de sua remuneração.
Nesse caso, o perito deverá solicitar ao juiz a intimação de todos os envolvidos, a fim de que os honorários sejam quitados. Esse processo, no entanto, pode se arrastar por um longo período, especialmente se houver a necessidade de realização de inventário dos bens do falecido.
Recomendações ao Perito
- Nunca inicie uma perícia sem que os honorários estejam devidamente depositados em conta judicial. Isso evitará dores de cabeça caso ocorra o falecimento de uma das partes.
- Solicite o depósito antecipado de, pelo menos, 50% dos honorários. Esse valor adiantado ajudará a cobrir os custos e deslocamentos necessários para a realização da perícia.
- Mantenha-se atento às movimentações do processo e ao falecimento de qualquer das partes. Assim, poderá agir prontamente para garantir o recebimento dos seus honorários.
Dessa forma, o perito judicial poderá evitar dores de cabeça e garantir a remuneração pelos serviços prestados, mesmo diante do falecimento de uma das partes envolvidas no processo.
Conclusão
O falecimento de uma das partes durante um processo judicial não significa, necessariamente, o encerramento da ação. Geralmente, os herdeiros ou sucessores do falecido assumem o lugar do autor ou réu original, dando continuidade ao processo.
Para o perito judicial, é essencial tomar algumas precauções, como garantir o depósito antecipado dos honorários em conta judicial. Dessa forma, o perito poderá receber sua remuneração, independentemente do desfecho do processo, mesmo diante do falecimento de uma das partes.
Portanto, é importante que o perito esteja atento a essas questões e adote as medidas necessárias para proteger seus interesses, evitando possíveis dores de cabeça no futuro.
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